Lume

Posted: segunda-feira, 19 de novembro de 2012 by MaRCiNhO in Etiquetas: ,
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Esperei tanto tempo, para me sentir só
Fiquei sem táctica para contrariar esta coisa
Este lume que me devora...
Depois de tanto tempo não vai embora
Pernoita em mim, amanhece no meu corpo
Entorpece-me o espírito, a tal alma
Usa-me e deita-me fora, sem dó
Sem deixar para mais tarde um sorriso,
Uma lembrança, a palavra que preciso
Que mantenha viva a chama que me consome
O amor que me move, em todas as direcções...
Faz refém o inventor deste sentimento
Que estupidamente teima em aceitar
Sofre e sorri quase simultaneamente
Foge, mas logo decide voltar
Porque o corpo vive da cabeça
Mas alimenta-se do coração
Que, em tola devoção, insiste
Em atear chamas... a este lume.

2 Gritos:

  1. Vânia says:

    Mas será que tu és mesmo a minha voz interior que me grita ao ouvido? São palavras e sentimentos que conheço tão bem... que são meus a cada segundo que o relógio murmura.

  1. MaRCiNhO says:

    Vânia: Talvez eu seja a tua voz interior ou talvez a voz que nos sussurra, que tanta vez nos grita ao ouvido, seja a mesma. De qualquer forma, esta "coisa" que nos possui deixa-nos rendidos, completamente siderados. Acho que já nos habita as entranhas, de tal forma que já não sabemos viver sem "isto"!