Anel de Noivado
Posted: quinta-feira, 3 de dezembro de 2015 by MaRCiNhO in Etiquetas: Anel, Linhas Soltas, PoesiaNão estragues o teu anel de noivado
Nem deixes que eu me torne um depravado
Ou então faz de mim teu objecto sexual
Uma dança, uma valsa ou coisa e tal
Não te deixes descomposta desse jeito
Nem te debruces assim no parapeito
Ou então cai de uma vez, sem corda nem arnês
Tontice, devaneio ou insensatez
Sem rodeios ou carambolas eu te digo
Estás entre a artimanha e o perigo
E um dia vai acontecer, alguém tem de te dizer
Que o amor não é objecto de comer
Não percas o teu anel de noivado
Nem desfaças esse laço apertado
Ou nada mais há para te dar
Uma canção, poema para declamar
Não tenho dinheiro no bolso e sou desajeitado
Lugar escondido, outrora iluminado
Já sabias que era assim
Um filme, uma novela ou folhetim
Sem rodeios ou carambolas eu te digo
Estás entre a artimanha e o perigo
E um dia vai acontecer, alguém tem de te dizer
Que o amor não é objecto de comer.
Foi estranho...
Posted: segunda-feira, 17 de novembro de 2014 by MaRCiNhO in Etiquetas: Cartas Abertas, Desabafos, MaldadesSente-se a voz trémula só de pronunciar a palavra, mas isso não a faz desaparecer. Aliás, de nada vale tentar riscá-la do dicionário, menos ainda por AQUI!
Esta coisa filha da puta teima em rondar as vidas de cada um de nós, directa ou indirectamente, ela está lá, esperando apenas uma oportunidade para atacar, qual bicho faminto. Não vou pedir perdão pela ofensa a essa coisa maléfica, porque como qualquer filho da puta, também esta acha que tudo pode, sem olhar a quem. Perdoe-me quem me lê, se teimo em não querer tratar bem aquilo que tanto maltrata o próximo.
Temos o direito de não aceitar e o dever de lhe dar luta, sabendo que haverão altos e baixos, momentos de força e de fraqueza, até ao dia em que algum dos lados sucumbirá. E juro-vos, quero muito que seja esse "bicho" filho da puta a cair prostrado aos pés de quem não o quer entranhado no corpo e na alma!
Na minha mente, pairando como calor em dia de Verão
Querendo agarrar-me ao que não tenho, em vão
E aprisionando o meu corpo, até sufocar
Deixa-me só, deixa-me na paz (que não tenho)
Deixa-me respirar, um segundo só
Nem que seja para ingerir partículas de pó
Dos restos mortais da minha alma que jaz,
Por aqui, neste recanto tão claro quanto obscuro
Que desejo, que procuro
Para me abrigar do tormento que me dás
Deixa-me, para que possa gozar o tempo
Que me resta, no silêncio que me cobre os dedos
Na solidão, que me protege dos medos
Transforma-te em nada, por um momento
Deixa-me vazio, preciso descansar
Preciso dormir, para te apagar
Pensamento impertinente, já não te sustento
De nada te vale me consumires
Sou, por estes dias, pouco mais que um lamento.
Fiquei sem táctica para contrariar esta coisa
Este lume que me devora...
Depois de tanto tempo não vai embora
Pernoita em mim, amanhece no meu corpo
Entorpece-me o espírito, a tal alma
Usa-me e deita-me fora, sem dó
Sem deixar para mais tarde um sorriso,
Uma lembrança, a palavra que preciso
Que mantenha viva a chama que me consome
O amor que me move, em todas as direcções...
Faz refém o inventor deste sentimento
Que estupidamente teima em aceitar
Sofre e sorri quase simultaneamente
Foge, mas logo decide voltar
Porque o corpo vive da cabeça
Mas alimenta-se do coração
Que, em tola devoção, insiste
Em atear chamas... a este lume.
Maldade
Posted: quarta-feira, 11 de abril de 2012 by MaRCiNhO in Etiquetas: Cartas Abertas, Desabafos, Estupidez, MaldadesQuem não precisa daquele pulsar desmedido no peito? Do nervoso miudinho que se apodera do corpo minutos antes de um encontro? Quem não quer sentir-se desejado por dentro e por fora? Está-nos no sangue, nos genes, na carne... Do mesmo jeito insano, quem não sente que o mundo acabou quando se chega ao fim? E a desilusão quando "aquele momento" se torna impossível? Quem não sente aquela dor avassaladora quando já não se sente amado, desejado, especial?
Foda-se lá o amor e mais as suas tramas. Fodam-se lá as trocas e baldrocas de sentimentos e estados de espírito! Sou um apaixonado, um romântico à moda antiga, mas às vezes o amor enjoa-me, dá-me nos nervos. Não há paciência para aturar tanta "paneleirice", tanta mesquinhice... Amor, "coisa" estúpida, que vale merda nenhuma e ainda tem o condão de nós deixar à mercê da sua estupidez. Podia ser algo mais prático e menos picuinha, tipo utilitário de cozinha, que já sabemos o que é, para que serve e o como fazer com ele. Hoje a maldade tomou conta de mim e estou assim, apetece-me cortar no amor!
Pequenos Reflexos
Posted: terça-feira, 19 de julho de 2011 by MaRCiNhO in Etiquetas: Desabafos, ReflexosVontade
Posted: terça-feira, 1 de fevereiro de 2011 by MaRCiNhO in Etiquetas: Desejos, Suspiro, Vontade
Cama vazia, luz apagada, sono perdido, pensamentos levados... Louca viagem às noites, aos dias, às horas que passamos escondidos, do tempo e do mundo, como dois amantes possuídos por um desejo incontrolável, apenas pensando em devorar-se! Penetras-me agora... pensamento, corpo, alma e eu grito, gemo e sacio-me no teu ventre! Apoderas-te do meu ser e eu sinto essa pele, ardendo em desejo, como eu ardo nesta vontade de te agarrar e de te percorrer ... Ah! Como te sinto dentro de mim! Como o luar penetra a noite
Como a água procura a fonte
Como a estrela vive para o céu
Será assim tão profundo
Esse olhar que me chama
O canto dessa voz
A flôr que raíz em mim planta?
Mesmo quando já não há corrente que o leve,
Poderá o rio correr para o mar?
Poderá esta melodia fazer a tua música,
Mesmo quando já não há nota para tocar?
Aqui, todo o deserto é fértil,
Toda a tempestade não destrói, transforma
Neste desejo toda a guerra se faz paz
Toda a loucura me apraz
Aqui, sinto esse perfume
O calor que entorpece








.jpg)

