Esta droga mantém-me lúcido! No dia em que a experimentei pela primeira vez, sabia que seria assim... Sabia que só com ela esconderia o meu desassossego, que só ela apagaria o fogo que percorre as minhas veias. Sinto-me quente! Não sei se de febre, se destas chamas que me consomem o corpo...
Já tentei largar, mas não consigo! É mais forte do que eu! Só desejo saciar a minha sede, soltar-me desta dor que começa a agoniar e a revirar-me o espírito. Ouço uma voz. Outra vez a mesma voz, todas as vezes a mesma voz, o mesmo hálito intenso, o mesmo discurso pausado, a dizer para o fazer. Replico-lhe: Não! Não quero! Mas acabo por ceder... Cedo desta vez, como de todas as outras. E... Esta droga volta a manter-me lúcido!
Estou viciado nela, no prazer que me dá, na sensação de alívio, no relaxamento que traz ao meu corpo, à minha alma e na confiança que dá ao meu ego. Estou viciado nesta sanidade e no controlo das minhas sensações, que só ela me oferece numa linda bandeja de prata. Quero mais? Não! Até à próxima vez... Aquela em que chegará com a sua voz sedutora e penetrante, aquela mesma de sempre, e me arrastará de novo para aquele charco, onde lavo o rosto e me torno outro... um Ser mais pensante, mais poderoso, qual Deus que comanda o mundo a seu belo prazer. Estarei louco? Não, porque esta droga me mantém lúcido!
Amor, material mais estupefaciente... Amor, tradução literal da minha perdição!
Já tentei largar, mas não consigo! É mais forte do que eu! Só desejo saciar a minha sede, soltar-me desta dor que começa a agoniar e a revirar-me o espírito. Ouço uma voz. Outra vez a mesma voz, todas as vezes a mesma voz, o mesmo hálito intenso, o mesmo discurso pausado, a dizer para o fazer. Replico-lhe: Não! Não quero! Mas acabo por ceder... Cedo desta vez, como de todas as outras. E... Esta droga volta a manter-me lúcido!
Estou viciado nela, no prazer que me dá, na sensação de alívio, no relaxamento que traz ao meu corpo, à minha alma e na confiança que dá ao meu ego. Estou viciado nesta sanidade e no controlo das minhas sensações, que só ela me oferece numa linda bandeja de prata. Quero mais? Não! Até à próxima vez... Aquela em que chegará com a sua voz sedutora e penetrante, aquela mesma de sempre, e me arrastará de novo para aquele charco, onde lavo o rosto e me torno outro... um Ser mais pensante, mais poderoso, qual Deus que comanda o mundo a seu belo prazer. Estarei louco? Não, porque esta droga me mantém lúcido!
Amor, material mais estupefaciente... Amor, tradução literal da minha perdição!








Olá!
Também ando viciada nesta droga...cada problema diário torna-se num pequeno soluço e volta-se novamente a respirar e viver em êxtase total! Há lá coisa mais boa na vida? Acho que não! :)
Beijinhos